Venho passando por um período de “trevas”, digamos assim, e ontem (11) foi um de seus ápices. Apesar de ter acordado super bem disposta, bem humorada, no início da noite uma “nuvenzinha negra” parece ter pairado sobre a minha cabeça. Tudo começou a dar errado e, quando você menos precisa, o irmãozinho ou a irmãzinha suscita a tua ira. E confesso não saber se a minha de ontem era santa!
Deus sabe o quanto me esforço para ser uma pessoa melhor, mais amável, mais paciente, etc. Os frutos do espírito sempre serão meus eternos objetivos, já que tenho a plena consciência que é algo sobrehumano conseguir adquiri-los ao mesmo tempo. Mas também sei que, ao mesmo tempo que tenho que suportar os irmãozinhos, eles não devem suscitar a minha ira!!! ¬¬
Bem, não gosto de ficar lembrando destas coisas, pois já estou bem melhor, mas é incrível como pequenas coisas conseguem nos tirar do sério. Ao conversar com uma pessoa ontem, ela me disse: “Celine, você não pode ficar guardando tudo para si, você tem que chegar e falar, pois se não você acaba explodindo tudo de uma só vez”. É, tive que concordar.
Descobri que muitas das vezes que fico mal humorada, na verdade, estou triste, com saudades do meu pai. O dia de ontem foi por este motivo, mas nem sempre percebo isso. Não consegui falar com ele no domingo, Dia dos Pais, e isso me deixou arrasada. Chorei tanto de remorso por não ter falado com ele em pleno Dia dos Pais...e para piorar, no dia seguinte ele decide ligar, antes de mim, falando que está saudades e que nem liguei pra ele...até eu explicar que focinho de porco não é tomada, já fiquei arrasada de novo.
Sinto falta dele todos os dias, mas minha vida anda uma loucura que, quando penso em ligar pra ele, já lembro das minhas 18.457.557 tarefas que tenho que fazer até o final do dia, e acabo deixando para o outro dia. E quando vou dormir, lembro que não fiz nada do que eu gostaria de ter feito, principalmente ter falado com o meu pai!
Não vejo a hora de ir até Belém e ficar lá no pé dele, atazanando a vida dele como sempre fiz (hehehe). Até de quando ele brigava comigo eu sinto falta (quem diria!!!). É, pai é pai mesmo!
Nunca pensei que um dia eu o deixaria lá e nem que ele me deixaria aqui. Apesar de muitas vezes ser difícil continuar, creio que Deus tem um plano grandioso para mim, não só aqui nesta cidade, mas por mais Ele queira que eu vá.
Posso dizer, com toda a certeza, que sei o que é deixar a zona de conforto, a casinha do papai, em nome dos propósitos de Deus. Apesar de, muitas vezes, ser tão difícil, Ele nunca disse que seria fácil...
Pai, eu te amo!
* Na fotinha, eu e papi há uns dois anos, logo quando chegamos aqui, durante um passeio por Rio das Ostras (olha o meu cabelão!!!)